INTRODUÇÃO
O sistema sensorial é composto por receptores sensoriais, estruturas
responsáveis pela percepção de estímulos provenientes do ambiente
(exterorreceptores) e do interior do corpo (interorreceptores). Essas
terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos
dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Estes têm a
capacidade de transformar os estímulos em impulsos nervosos, os quais são
transmitidos ao sistema nervoso central, que por sua vez, determina as
diferentes reações do nosso organismo.
Tipos de receptores sensoriais
Os receptores sensoriais são classificados de acordo com o estímulo que
conseguem captar.
- Quimiorreceptores: transmissores de informações acerca de substâncias
químicas dissolvidas no ambiente. Localizam-se principalmente na língua e no
nariz.
- Termorreceptores: detectam estímulos de variação térmica. São encontrados
na pele.
- Mecanorreceptores: conseguem captar estímulos mecânicos. Localizam-se na
pele.
- Fotorreceptores: detectores de luz encontrados nos olhos.- Receptores de
dor: classe de dendritos presentes na pele humana.
OS SENTIDOS:
VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR, OLFATO E TATO
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Os sentidos
fundamentais do corpo humano - visão, audição, tato, gustação ou paladar e
olfato - constituem as funções que propiciam o nosso relacionamento com o
ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que
nos rodeia; contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente
em que vivemos.
Existem
determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos
diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por
células nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos em impulsos
elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em centros específicos
do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária
ou involuntária). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores
nervosos especializados é diversa.
Tipos de receptores 1)
Exteroceptores
Respondem
a estímulos externos, originados fora do organismo.
2) Proprioceptores Os
receptores proprioceptivos encontram-se no esqueleto e nas inserções
tendinosas, nos músculos esqueléticos (formando feixes nervosos que envolvem as
fibras musculares) ou no aparelho vestibular da orelha interna. Detectam a
posição do indivíduo no espaço, assim como o movimento, a tensaõ e o
estiramento musculares.
3)
Interoceptores
Os receptores interoceptivos respondem a estímulos viscerais ou
outras sensações como sede e fome.Em geral, os receptores sensitivos podem ser
simples, como uma ramificação nervosa; mais complexos, formados por elementos
nervosos interconectados ou órgãos complexos, providos de sofisticados sistemas
funcionais. Dessa
maneira
É pelo tato : Sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica,
etc
É pela gustação :Identificamos os sabores
É pelo olfato : Sentimos o odor ou cheiro
É
pela audição : Captamos os sons
É pela visão : Olhos ,observamos
as cores, as formas, os contornos, etc.
Portanto, em
nosso corpo os órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos
externos. Esses órgãos são: É a pele : Para o tato
É a língua : Para a gustação
É
as fossas nasais : Para o olfato
É os ouvidos :Para a audição É
os olhos : Para Visão
As seguintes Sistema
Sensorias são :
A visãoInvertrebados
-Moluscos
A visão se produz
em nível molecular graças a substâncias fotossensíveis, os fotopigmentos. Estes
são responsáveis por transformações que produzem estímulos em células e fibras
sensoriais, que são transmitidos aos centros nervosos correspondentes.A
sensibilidade à luz está presente em alguns seres unicelulares. Os protozoários
contêm em seu citoplasma órgãos ou manchas pigmentárias capazes de perceber as
variações de intensidade da luz.
Muito rudimentares são também as células
fotorreceptoras da medusa, que são cílios modificados. Entre os platelmintos,
vermes achatados sem celoma, as planárias apresentam manchas ocelares, células
fotorreceptoras dispostas sob a epiderme.
Os moluscos apresentam grande diversidade de
órgãos visuais: nos gastrópodes, são ocelos esféricos, com cristalinos
arredondados e retinas simples onde situam-se as células receptoras; em certos
bivalves há uma retina dupla, uma das quais reflete a luz recebida; e em muitos
cefalópodes observam-se olhos muito complexos, que podem ser comparados aos dos
vertebrados.
- Atrópodes
Nos artrópodes, muitas classes apresentam, além dos ocelos, os chamados
olhos compostos, que constam de grande número de unidades funcionais
denominadas omatídios. Cada uma dessas unidades dispõe de sua própria lente e
de células fotorreceptoras.
- Cnidários
Linha lateral
Um órgão sensorial específico dos peixes é a linha lateral, normalmente formada por uma fiada longitudinal
de escamas perfuradas através das quais corre um canal que
tem ligação com o sistema nervoso; aparentemente, este órgão tem funções
relacionadas com a orientação, uma espécie de sentido do olfacto através do qual os peixes reconhecem as características das massas de água (temperatura, salinidade e outras).
Em muitos animais de sistema digestivo incompleto, como os cnidários
informação pela sensibilidade somato-sensorial, geral ou específica.
Sistema digestivo : é composto por um sistema de canais birradiais, ...
Sistema sensorial : Possuem um órgão chamado estatocisto.
Visão nos vertebrados
- Mamiferos
Entre os vertebrados, o olho mais perfeito e desenvolvido é o dos
mamíferos. Algumas espécies têm olhos atrofiados ou pouco desenvolvidos,
enquanto outras dispõem de visão binocular, na qual os campos visuais de cada
olho se superpõem em parte, como resultado da posição frontal dos órgãos
oculares. O animal percebe os objetos de forma tridimensional, o que aumenta
sua eficiência.
O olho humano
No homem, os dois globos oculares estão alojados no interior das cavidades
orbitárias e se unem às paredes ósseas graças aos chamados músculos
extrínsecos. Os músculos retos possibilitam a movimentação do globo ocular para
todos os lados. Outros dois, o oblíquo maior e menor, permitem ao olho
deslocar-se em todas as direções. O olho
humano é constituído de três camadas. A mais externa, fibrosa, tem função
protetora e é chamada esclerótica. Em sua porção anterior, a esclerótica é
transparente e recebe o nome de córnea. Na parte posterior e lateral, é opaca.
A camada intermediária é abundante em vasos sangüíneos e é formada pela coróide,
pelo corpo ciliar e pela íris (conjunto de estruturas chamado trato uveal). A
camada interna é a retina, onde se localizam as células fotorreceptoras. A
córnea é recoberta pela conjuntiva, fina membrana que se estende também pela
face interna das pálpebras.
A coróide abastece de nutrientes e oxigênio os tecidos oculares. Nela
situam-se também células pigmentares, cuja função é absorver luz para evitar
que reflexos prejudiquem a qualidade da imagem projetada na retina. O corpo ciliar é o prolongamento
anterior da coróide, formado pelos chamados processos ciliares e pelo músculo
ciliar. Os processos ciliares são ligamentos que unem ao músculo ciliar o
cristalino. O músculo ciliar
controla o grau de curvatura do cristalino e permite ajustar o foco.
Na porção anterior do cristalino, a íris controla
a quantidade de luz que atinge a retina. Pigmentos na íris lhe dão cor
característica, que varia do negro ao azul. As musculaturas lisas radial e
circular da íris abrem e fecham seu orifício central, a pupila. O espaço entre
a córnea e o cristalino - câmara anterior -, é preenchido pelo humor aquoso,
que mantém constante a pressão interna do globo ocular. Já a cavidade entre o
cristalino e a retina, a câmara posterior, contém uma substância gelatinosa
chamada como humor vítreo.
Na retina estão situadas as células encarregadas
de registrar as impressões luminosas e transmiti-las ao cérebro por intermédio
do nervo óptico, que sai da parte posterior do globo ocular. As células
fotorreceptoras são chamadas cones e bastonetes, em virtude da forma de seus
prolongamentos. Os cones dispõem-se na região central da retina e são
responsáveis pela visão colorida, enquanto os bastonetes, mais abundantes nas
regiões periféricas, processam uma visão de contornos, de contraste
claro-escuro. A região de onde parte o nervo óptico é chamada ponto cego, por
ser insensível à luz. Já a região chamada fóvea, composta apenas de cones e
situada acima do ponto cego, é a área da retina onde a visão é mais nítida.
Alguns órgãos anexos ou acessórios protegem o
globo ocular: as pálpebras; as sobrancelhas; os cílios; e o aparelho lacrimal,
produtor de lágrimas.
Fisiologia da visão
Para a formação da imagem do mundo exterior sobre
a retina, o olho dispõe de um conjunto de elementos refratores, constituídos
pela córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo. As propriedades ópticas
das superfícies refratoras estão relacionadas com seu grau de curvatura e com o
índice de refração dos meios que ela separa.
A face anterior da córnea é a principal superfície
refratora do olho: pequenas irregularidades que nela se verifiquem podem
redundar em graves problemas para a visão perfeita. A principal função do
cristalino está relacionada com sua capacidade de acomodação, ou seja, com a
propriedade de, mudando de forma variar seu poder refrator. O cristalino
permite, dessa maneira, uma focalização perfeita da imagem sobre a fóvea,
funcionando como o ajuste de foco de uma máquina fotográfica.
Distinguem-se na retina três camadas de células,
em que os corpos celulares dos neurônios se agrupam densamente, separadas por
duas camadas sinápticas, em que se misturam prolongamentos de dendritos e
axônios. A primeira camada é formada pelas células fotorreceptoras, os cones e
bastonetes. Os axônios da primeira camada fazem sinapse com dendritos de
células da segunda camada, as células bipolares. Os axônios da segunda camada,
por sua vez, fazem sinapse com os dendritos das células ganglionares, da
terceira camada celular.
Uma vez formada a imagem sobre a retina, essa luz
estimulará os cones e os bastonetes. Os elementos fotossensíveis da retina
contêm um pigmento, que, no caso dos bastonetes, é a rodopsina. Estimulada pela
luz, essa substância desencadeia um complexo de reações químicas que culminará
com a ativação das células bipolares e ganglionares e o aparecimento de uma
informação, no nervo óptico, sob a forma de impulso nervoso.
Os campos visuais de cada olho são diferentes, mas
se superpõem em parte. A retina divide-se em zonas -- a interna (nasal) e a
externa (temporal) -- em função do trajeto das vias ópticas que se dirigem para
o córtex cerebral. As fibras nervosas das duas zonas temporais (olhos direito e
esquerdo) passam para o córtex cerebral do hemisfério correspondente, enquanto
as das regiões nasais cruzam-se no quiasma óptico, indo para o córtex cerebral
do hemisfério oposto.
A luz que emana de um objeto visualizado atinge a
zona temporal de um globo ocular e a zona nasal do outro. Em função da
disposição das vias ópticas, a atividade nervosa resultante vai para o mesmo
hemisfério cerebral. A superposição de campos visuais permite ao cérebro uma
interpretação estereoscópica, com percepção de altura, largura e profundidade. A
capacidade de discriminação de cores pelo olho está relacionada com a existência
de três tipos de cones caracterizados pela presença de três diferentes
fotopigmentos. Esses pigmentos são sensíveis principalmente aos comprimentos de
luz azul, verde e vermelha.
Audição
O ouvido, órgão responsável pela audição e pela manutenção do equilíbrio, é
composto por diferentes estruturas sensoriais, que identificam os sons e emitem
impulsos, os quais alcançam os centros cerebrais receptores através do nervo
auditivo. No homem, o órgão divide-se em três partes: ouvido externo, médio e
interno
Morfologia e fisiologia do ouvido humano
Nos seres humanos, o ouvido externo atua como
receptor das ondas sonoras, sendo dividido em pavilhão auditivo ou orelha e
canal auditivo. Ao contrário de alguns animais que possuem a capacidade de
orientar livremente o pavilhão auditivo para captar com maior facilidade a
fonte sonora, a orelha humana é imóvel.
O pavilhão
auditivo é recoberto por uma estrutura cartilaginosa, à exceção do extremo
inferior do lóbulo, que se apresenta carnoso e pendular. O rebordo externo, ou
hélice da orelha, circunda uma segunda dobra interna, ou antélice, a qual, por
sua vez, delimita a concha do canal auditivo. Na concha existem duas
saliências, que constituem o extremo da antélice. O canal auditivo, delimitado
por uma estrutura fibrocartilaginosa, apresenta pêlos e glândulas ceruminosas,
que produzem o cerume ou cera, substância que protege o acesso ao ouvido médio.
Várias cavidades ligadas entre si, que constituem
a denominada caixa do tímpano, formam o ouvido médio. Este encontra-se limitado
exteriormente pelo tímpano, membrana sensível que transmite as vibrações
sonoras aos ossos do ouvido. O primeiro desses ossos, o martelo, está fixado à
membrana timpânica, seguido da bigorna e do estribo, comunicando-se este último
com a chamada janela oval, que marca a transição para o ouvido interno. A
vibração desses minúsculos ossos, fixados à parede da cavidade auditiva por
meio de pequenos ligamentos, reduz a amplitude das ondas sonoras que os
atingem, ao mesmo tempo em que amplificam-lhes a intensidade. Esse sistema é
fundamental para que as ondas que se propagam nesse meio possam passar ao meio
líquido do ouvido interno.
A pressão do ar sobre ambos os lados do tímpano
deve ser equivalente à atmosférica para que a transmissão dos sons seja
adequada. Esse equilíbrio é alcançado pela trompa de Eustáquio, canal que
comunica o ouvido médio à garganta. O ar contido na cavidade auditiva é
absorvido pela mucosa que a recobre, sendo substituído pelo que penetra na
trompa com a deglutição da saliva.
O ouvido interno,
também denominado labirinto, devido a sua complexidade estrutural, consta
basicamente de um conjunto de cavidades situadas na região mastóidea do osso
temporal do crânio, as quais se encontram cheias de um líquido denominado perilinfa;
e de um grupo de membranas internas, em cujo interior flui a chamada endolinfa.
Assim, estabelece-se uma diferença entre o labirinto ósseo e o membranoso. A
estrutura óssea é formada por três cavidades: o vestíbulo, em contato com o
ouvido médio por meio da janela oval; a cóclea ou caracol, orgânulo disposto em
espiral em torno de um eixo cônico; e os três canais semicirculares, ligados ao
vestíbulo por cinco aberturas.
Aos orgânulos ósseos correspondem várias partes
membranosas do labirinto. Assim, ao vestíbulo correspondem dois divertículos
membranosos, o utrículo e o sáculo, enquanto os canais semicirculares
apresentam os condutos homônimos como equivalente membranoso. É nessas
minúsculas estruturas que se localizam as células responsáveis pelo equilíbrio,
as quais contêm os chamados estatolitos e otólitos, corpúsculos reguladores
dessa função.
Na cóclea óssea está situado o canal coclear, sede
do órgão de Corti. Este é o sistema terminal acústico e compreende os
bastonetes de Corti, as células auditivas e seus correspondentes elementos de
apoio. Em seu interior realiza-se a transformação das vibrações sonoras em
impulsos nervosos que, transmitidos ao nervo acústico, passam ao cérebro.
Audição em outros animais.
Na maior parte dos grupos taxonômicos são
encontrados sistemas de percepção das vibrações sonoras com diversos graus de
desenvolvimento. Nos invertebrados, há algumas espécies que apresentam sistemas
auditivos constituídos por vesículas destinadas à audição, denominadas
estatocistos ou otocistos, vinculadas também à manutenção do equilíbrio e ao
deslocamento do organismo.
A complexidade dos órgãos auditivos dos
vertebrados é proporcional ao grau de evolução que a espécie alcançou. Nesse
contexto, os ciclóstomos (lampreias) apresentam um canal semicircular, sem
diferenciação de ouvido externo, médio ou interno. O mesmo ocorre no grupo dos
peixes.
Subindo nessa escala evolutiva, os répteis dispõem
de órgãos auditivos nos quais se observa uma distinção clara entre o ouvido
interno e a cóclea, enquanto nas aves desenvolveram-se cavidades
correspondentes ao ouvido médio. A estrutura trilocular, com ouvido externo, é
característica específica do grupo dos mamíferos.
Tato
O sentido do tato permite obter informações sobre
grande número de características dos corpos físicos, como suas propriedades
mecânicas, textura e grau de dureza. O tato abrange três tipos de
sensibilidade: mecânica, térmica e dolorosa. Os receptores sensoriais táteis
estão presentes na maior parte das espécies animais, tanto na superfície do
corpo como em diferentes órgãos internos. Permitem conhecer as características
do ambiente e também o estado de muitas estruturas orgânicas.
Nos invertebrados, os receptores táteis costumam
aparecer como filamentos, pêlos ou projeções sensíveis ao atrito, ao contato ou
à pressão. Um bom exemplo são os tentáculos táteis dos moluscos gastrópodes,
como o caracol, ou as antenas de crustáceos e insetos, que cumprem também uma
importante função olfativa. Em geral, trata-se de terminações nervosas livres,
providas de ramificações.
Nos vertebrados, os receptores táteis cutâneos são
terminações de células epiteliais em cuja base conecta-se uma fibra nervosa.
Alguns desses receptores para estímulos mecânicos fornecem dados sobre postura
corporal e movimentos de algumas partes do corpo com relação a outras. As
regiões do corpo que estão mais expostas ao contato com objetos do ambiente
externo contam com um número maior de receptores táteis.
As terminações sensoriais podem ser livres ou
protegidas por uma cápsula, caso em que são chamadas corpúsculos. Os três tipos
principais de corpúsculos são: os de Meissner (responsável pela percepção da
forma e da textura dos objetos); os
corpúsculos de Pacini (pressão); os de Ruffini (calor): os de Krause (frio); os
discos de Merkel (encarregados de manter a pressão da pele constante); e as
terminações nervosas livres (dor).
Olfato
O sentido do olfato regula a percepção das
substâncias voláteis e intervém, em maior ou menor medida, segundo as espécies,
na busca de alimentos, no reconhecimento do território e na procura de
parceiros para o acasalamento.
Olfato humano
No homem, os receptores olfativos localizam-se na
parte superior das fossas nasais, mais precisamente na chamada mucosa olfativa.
Externamente, o órgão olfativo é o nariz. Seu suporte ósseo é composto pelos
ossos nasais da parte superior e, em sua seção central, consta de uma membrana
cartilaginosa unida ao osso vômer, que separa as fossas. Em cada fossa nasal
distinguem-se canais delimitados pelos chamados cornetos ou ossos turbinados.
As vias nasais são recobertas pela mucosa
olfativa. Os receptores olfativos situados nessa mucosa são células epiteliais
específicas, ou células olfativas. Cada célula olfativa se prolonga num axônio,
que atravessa a lâmina crivada do osso etmóide do crânio para terminar no bulbo
olfativo, onde ocorre a sinapse com os dendritos das células mitrais, que
formam os glomérulos olfativos. Estas formações comunicam-se, por sua vez, com
os centros olfativos do sistema nervoso central.
Para que a mucosa olfativa seja impressionada
adequadamente, a substância odorante deve ser volátil a tal ponto que suas
moléculas se desprendam e sejam carregadas para dentro das narinas pela
corrente de ar. Além disso, a umidade da mucosa nasal precisa manter-se dentro
de determinados limites.
Olfato em outros animais
Muitos animais inferiores detectam as substâncias
químicas presentes no ambiente por meio de quimiorreceptores situados em
diferentes partes do corpo. Nos vermes, por exemplo, não há distinção entre os
receptores gustativos e olfativos, o que já não ocorre com os insetos. Os
receptores olfativos desses animais situam-se nas antenas, que possuem poros
cuticulares minúsculos por meio dos quais as ramificações dendríticas da célula
sensorial são postas em contato com o ar.
Nos vertebrados o órgão olfativo se forma a partir
de um espessamento epidérmico situado na região etmoidiana do crânio. O
estímulo olfativo nesses animais ocorre somente depois que a molécula da
substância é dissolvida no muco que recobre a membrana pituitária. Em muitos
répteis e mamíferos existe, junto ao órgão olfativo principal, um órgão
acessório, chamado órgão vômero-nasal de Jacobson, que se comunica com a
cavidade bucal pelo canal de Sténon. As fibras de suas células sensoriais vão
até o bulbo olfativo acessório. O órgão vômero-nasal é capaz de reconhecer os
odores das substâncias presentes na cavidade bucal.
Paladar
Paladar é o sentido pelo qual se percebem os
sabores. Os receptores do paladar são as papil s gustativas que existem no
epitélio da língua, sensíveis a quatro modalidades básicas de sabores: doce, amargo, ácido e salgado.
O alimento, uma vez solubilizado, provoca nos
corpúsculos gustativos das papilas a sensação que, transmitida pelos nervos até
o bulbo raquidiano, se encaminha aos centros corticais conscientes, situados na
parte média da circunvolução do hipocampo.
As sensações gustativas podem provocar prazer ou
desprazer, ou um reflexo de rejeição, dependendo dos hábitos alimentares do
indivíduo e também de sua constituição genética. Os quatro gostos fundamentais
não são percebidos com a mesma intensidade em todos os pontos da língua. O
amargo é melhor percebido na parte posterior, e o doce, na ponta.
A intensidade da percepção depende: do número de
papilas; da penetração da substância no interior das mesmas; e da natureza,
concentração, capacidade ionizante e composição química da substância.
Exemplo :
Sistema nervoso e órgãos do sentido
Os mamíferos possuem encéfalos excepcionalmente grandes entre os vertebrados, os
quais evoluíram em caminhos, de certa forma, independentes dos demais amniotas.
Em seus sistemas sensoriais os mamíferos são mais dependentes da audição e da olfação do que a maioria dos tetrápodes, sendo menos dependentes da visão. O cérebro dos mamíferos conta
ainda com o sistema
límbico, responsável pelas emoções e sentimentos.
Olfação
O apurado senso de olfato da maioria dos mamíferos está, provavelmente,
relacionado ao seu comportamento noturno. Os receptores olfatórios estão
localizados em um epitélio especializado, sobre os ossos nasoturbinados no
nariz. O bulbo olfatório é uma porção proeminente do encéfalo em muitos mamíferos, mas os primatas apresentam um bulbo pequeno e pouco sentido de olfação, provavelmente
associado a seus hábitos diurnos. O senso de olfato também é reduzido, ou
ausente, nos cetáceos, em associação com sua existência
aquática.
Audição
Os
mamíferos apresentam uma orelha média mais complexa do que a dos demais tetrápodes. Ela
contém uma série de três ossos (estribo, martelo e bigorna), em vez de um único osso.
Diversas outras características dos mamíferos térios também contribuem para
o aumento da acuidade auditiva. Estas incluem uma longa cóclea, capaz de uma
discriminação maior de tons. Além disso, a orelha externa, ou aurícula, ajuda a determinar a direção do
som. A orelha, em conjunto com o estreitamento do meato auditivo dos mamíferos,
concentra sons oriundos de uma área relativamente grande. A maioria dos
mamíferos é capaz de mover a aurícula para captar sons, embora os primatas antropóides não apresentam tal característica. A sensibilidade auditiva de
um mamífero terrestre é reduzida se as aurículas são removidas. Mamíferos
aquáticos utilizam sistemas inteiramente distintos para ouvir sob a água, tendo
perdido ou reduzido suas orelhas externas. Os cetáceos, por exemplo, utilizam a maxila inferior para canalizar ondas sonoras a
orelha interna.
Visão
Os mamíferos evoluíram como animais noturnos, para os quais a sensitividade visual (formação de imagens sob pouca luz) era mais importante do que a acuidade (formação de imagens precisas). Os mamíferos possuem retinas compostas, primariamente, de células bastonetes, as quais apresentam uma grande sensibilidade à luz, mas são relativamente
fracas para uma visão acurada.
A maioria dos mamíferos apresenta um tapetum lucidum bem
desenvolvido, o qual constitui uma camada refletora por trás da retina, fornecendo uma segunda chance para que um fóton de luz estimule uma célula receptora. Este tapeto provoca o brilho nos olhos que você observa quando aponta uma lanterna em direção a um gato ou a um cão. O tapeto é mais desenvolvido em mamíferos
noturnos, e foi perdido nos primatas antropóides diurnos, incluindo os humanos.
Sistema integumentário
Em
muitos aspectos, a cobertura externa dos mamíferos é a chave para seu modo
único de vida. A variedade de tegumentos dos mamíferos é enorme. Alguns
roedores possuem uma epiderme delicada, com apenas algumas células de
espessura. Já os elefantes têm diversas centenas de células de espessura. A
textura da superfície externa da epiderme também varia, desde a lisa (cobertas
ou não por pêlos) até as rugosas, secas e enrugadas.
Apesar do tegumento mamífero se parecer com o dos demais vertebrados,
quanto a sua forma, com camadas epidérmicas, dérmicas e hipodérmicas, há também
componentes únicos. Ele apresenta pêlos, glândulas sebáceas, glândulas
apócrinas, glândulas sudoríparas, e estruturas derivadas da queratina, como
unhas, garras e cornos.
Os pêlos têm uma variedade de funções incluindo a
camuflagem, a comunicação e a sensação (tato), por meio das vibrissas (= bigodes). Entretanto, a função básica dos pêlos é a proteção contra o
calor e o frio.
As estruturas secretoras da pele se desenvolvem a partir da epiderme. Há
três tipo principais de glândulas de pele nos mamíferos: as sebáceas, as apócrinas e as écrinas. Exceto pelas écrinas, as
glândulas da pele estão associadas aos folículos pilosos e a secreção em todas
elas se dá sob o controle neural e hormonal.
As glândulas sudoríparas comuns
dos humanos não parecem ser um traço mamaliano primitivo, visto que a maioria
dos mamíferos não termorregulam por meio da secreção de fluidos pela pele. As
glândulas sebáceas são encontradas em toda a superfície do corpo. Elas produzem
uma secreção oleosa que lubrifica e impermeabiliza o pêlo e a pele. Glândulas
apócrinas apresentam uma distribuição restrita na maioria dos mamíferos, e suas
secreções parecem ser utilizadas na comunicação química.
Muitos mamíferos possuem glândulas
de odor especializadas, as quais são modificações das sebáceas ou das
apócrinas. A marcação por odor é usada para indicar a identidade do animal e
para definir territórios. Glândulas de odor são posicionadas em áreas do corpo
que permitem o contato fácil com os objetos, tais como a face, o queixo e os
pés.
Glândulas écrinas produzem uma secreção aquosa com pouco
conteúdo orgânico. Na maioria dos mamíferos, estão restritas às solas dos pés,
às caudas preênseis e a outras áreas em contato com superfície do meio
ambiente, nas quais elas melhoram a adesão ou a percepção táctil.
Glândulas mamária possuem uma estrutura de ramificação mais
complexa do que a das demais glândulas de pele. Elas possuem diversas
características básicas em comum com as glândulas apócrinas e sebáceas,
entretanto são altamente especializadas.
As estruturas queratinizadas da pele são variadas, algumas estão envolvidas
na locomoção, nas ofensivas, na defesa e na apresentação, como as unhas, as
garras e os cascos; outras na proteção, como as placas dérmicas; outras na
alimentação, como o bico córneo do ornitorrinco.
Três
considerações devem ser levantadas:
- As ordens Afrosoricida, Erinaceomorpha e Soricomorpha formavam a antiga ordem Insectivora, ainda utilizada por alguns investigadores.
- As ordens Cingulata e Pilosa compunham a antiga ordem Edentata, cujo termo atualmente foi elevado a
superordem.
- Em algumas publicações os artiodáctilos e os cetáceos aparecem formando uma única ordem, a Cetartiodactyla.
-Repteis
No sistema nervoso
dos répteis ocorre uma mudança do centro de atividade encefálica que nos
anfíbios estava situado no mesencéfalo
e nos répteis muda para os hemisférios cerebrais
(cérebro). Tal mudança resulta da invasão do palio por muitas células
nervosas (camada cinzenta) para começar a formar o neopalio. O cerebelo dos
répteis é mais desenvolvido do que dos anfíbios porém não se compara ao das
aves e mamíferos. O
encéfalo apresenta dois longos lobos
olfativos ligados aos grandes hemisférios cerebrais; atrás destes ficam dois lobos ópticos ovais. Depois
vem o cerebelo mediano, com forma de pêra, maior que nos anfíbios. O
mielencéfalo expande-se lateralmente por baixo do cerebelo, depois estreita-se
formando a medula espinal. Ventralmente, entre as bases dos hemisférios
cerebrais estão os tratos ópticos e nervos ópticos, seguidos pelo infundíbulo e
pela hipófise. Há 12 pares de nervos
cranianos e nervos espinais pares para cada somito do corpo. Há botões
gustativos na língua e órgãos
olfativos a cavidade nasal. Os olhos
têm glândulas lacrimais para manter a córnea úmida fora da água. Os ouvidos são do tipo característico
de
vertebrados terrestres.
Fonte: Kappers, C. U. Ariën
CÉLULAS NERVOSA
As
células tem origem de ramificações ventrais não cruzadas, que tem uma posição
similar à das células homóloga nos anfíbios, constituindo grupos que são um
pouco diferente arranjadas no canal central e bordas mais ou menos
próximas à substância branca. Determinados dendritos agem através dessa
substância branca e formam ramificações (rede) nervosas que não se apresentam
tão grandes como em anfíbios, estando mais concentradas às partes laterais e
ventrais da coluna.
As
células que contribuem para essa formação ou um início de rede nervosa
apresentam-se de vários tipos: células
de projeção ventral, células funiculares, células de junção ventral ou
anterior, células de von Lenhossék na medula cervical e possivelmente alguns
outros neurônios. O arranjo das projeções dos nervos ventrais, variam de
animal para animal e, em um nível consideravelmente grande.
Nas
serpentes a substância cinza tem arranjo regular, as projeções laterais mostram
alguma similaridade com os tubarões. Essas células motoras são provavelmente
comparáveis a grupos médios de tartarugas e crocodilos.
Nos
crocodilos a enervação da musculatura rígida se apresenta pelo prolongamento da
medula, assim como em serpentes, onde grupos laterais aparecem na região
lombar, e um alongamento cervical como em tartarugas. A medula espinhal de
crocodilos apresenta algumas peculiaridades. Em primeiro a posição frontal
diferente do canal central. Figura 91B, onde a substância cinza aparece na
projeção ventral, bem abaixo do canal. Segundo, o aparecimento de núcleos na
periferia das células. Os neurônios que constituem o grupo de células
periféricas afiladas, formam feixes funiculares laterais.
O processo desses todos orgãos de sistema
sensorias
Pessoalmente
resumindo-se estes orgãos de Sistema
Sensorial ao um so sub-grupo, são seguintes :
Nome dos Seres
Vivos
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Orgão Sistema
Sensorial
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Receptores
Sensoriais
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Moluscos
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Visão (nos gastrópodes, são ocelos esféricos,
com cristalinos arredondados e retinas simples onde situam-se as células
receptoras)
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Fotorreceptores
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Atropóde
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ocelos, os chamados olhos compostos, que
constam de grande número de unidades funcionais denominadas omatídios. Cada
uma dessas unidades dispõe de sua própria lente e de células
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Fotorreceptores
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Cnidários
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Ctenophora (Sistema digestivo : é composto por um sistema de canais birradiais, Sistema
sensorial : Possuem um órgão chamado estatocisto) Linha lateral e Boca
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Quimiorreceptores,
Mecanorreceptores
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Mamiferos
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Olhos, boca,
pele, orelha. Lingua, etc...
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Mecanorreceptores,
Fotorreceptores, Fonorreceptores e quimiorreceptores
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Reptéis
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Olhos,
ouvidos, Lingua
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Fotorreceptores,
Fonorreceptores e quimiorreceptores.
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